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Descodificação de ameaças cibernéticas  para 2023

POR:
Miguel Satzger
Head of Sales

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Nota de opinião: Que a comunidade de segurança cibernética continue crescendo!

Historicamente, sempre fechei o ano falando sobre tendências, melhores práticas ou novas tecnologias. Este ano me deparei com diferentes reflexões. Produto da idade, fadiga ou pandemia, minhas conclusões em 2021 cruzam a barreira tecnológica para se concentrar no ser humano. Não menos importante, o centro da cibersegurança eram as pessoas.

Focando em dois eixos, a comunidade e a pouca oferta para a demanda atual.

COMUNIDADE

Durante este 2021 observe uma comunidade maior e mais integrada do que nunca. Pessoalmente, este facto deixa-me muito feliz, porque é um facto que considero necessário e que hoje é a nossa melhor defesa. Blogs, notícias constantes, artigos, descobertas compartilhadas por Redes Sociais, Sociedades de Mulheres de Segurança Cibernética, Comunidades Slack e outras mídias de milhares de pessoas em nosso mundo, compartilhando e criando comunidades.

Os exemplos são amplos de todos aqueles grandes grupos humanos dispostos a compartilhar informações, experiências e inteligência para nos preparar a todos diante de um inimigo comum. Sabendo que ele próprio também trabalha em equipa e em comunidade, é muito importante mantermo-nos unidos e organizados, melhorando e visando o crescimento constante da cibersegurança.

Felicito todos aqueles que promovem estes espaços, que compartilham seus próprios documentos para o bem comum, que convidam livremente a comunidade a fazer parte deles. É uma das coisas que mais me alcançou durante 2021.

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De outra perspectiva, a pandemia nos fez perceber, negativamente, que não estávamos preparados para enfrentá-la. Não pela falta de tecnologias que existem e são muito boas, mas pela falta de pessoas treinadas em segurança cibernética.

A sociedade, as empresas e o próprio mercado perceberam a importância da cibersegurança, tornando o tema parte da estratégia corporativa, gerando muitos empregos para atacar esse problema, mas não tendo oferta suficiente.

Todos os dias recebo ligações de diferentes gerentes, consultando profissionais para o preenchimento dessas vagas. É assim que tentam apoiar os integradores, terceirizando a necessidade, tendo os mesmos problemas que encontramos os apaixonados por segurança de computadores. Graças à pandemia, as fronteiras se abriram e podemos buscar recursos em outras regiões, não chegando a esta opção para contra-atacar.

Nos países latino-americanos, temos a desvantagem de que os salários são globalizados e os preços de venda não (um tópico que discutirei em minha próxima nota). Além do fato de não podermos ver a urgência dos recursos que temos pela frente nestes anos. A oferta de universidade, faculdade ou pós-graduação não está preparada para esse fenômeno.

Você tem que começar a falar com as escolas. Você tem que começar a ter vários assuntos de segurança cibernética em todas as carreiras relacionadas a TI, em todos os países. Desde o boom da pandemia, muitas indústrias confiaram na segurança cibernética para continuar operando. O risco de não o ter é muito elevado, para as próprias empresas e para os dados que tratam sobre pessoas singulares. Precisamos mudar e não temos tempo. Espero que a comunidade ajude e veja este problema como eu o vejo, e juntos começamos a propor um mundo de maior segurança digital desde a base. Não é o futuro. É hoje.